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Festas Juninas

terça-feira, 22 de maio de 2012.

As festas juninas trazem divisas para os estados, como criação de empregos temporários, aumento no movimento no comercio, hotéis, restaurantes e principalmente na área de entretenimento, além de ser um prato cheio para bandas musicais, conjuntos e cantores, que se aproveitam dessa ocasião para um faturamento maior.

As festas juninas embora sejam comemoradas em todo País, é na região Nordeste que as mesmas ganham maior notoriedade e expressão como evento popular e cultural.

É no mês de junho que são homenageados os três santos católicos Santo Antonio (13), São João (24) e São Pedro (29), ocasião em que os nordestinos se juntam com os milhões de visitantes vindos das outras regiões e de até do exterior, para as maiores e mais animadas festas populares do Brasil, superando em muito o carnaval.

Os folguedos juninos trazem divisas econômicas para os estados, como criação de empregos temporários, aumento do movimento no comercio, hotéis, restaurantes e principalmente na área de entretenimento, além de ser um prato cheio para bandas musicais, conjuntos e cantores, que se aproveitam dessa ocasião para um faturamento maior.

Porém saindo do lado comercial, as festas juninas representam a maior demonstração cultural do Nordeste com as suas comemorações populares, tendo como principal ícone as seculares fogueiras, tanto nas casas de familias, como nos “Arraiás” - uma forma urbanizada de se comemorar o Santo Antônio, São João e São Pedro, geralmente promovidos e patrocinados pelas prefeituras municipais e grandes empresas, onde são contratadas grandes atrações musicais, descaracterizando o “ruralismo” das festas juninas.

Tradições juninas

Fogueiras – Apesar de serem politicamente incorretas e proibidas pelo IBAMA, a não ser aquelas feitas de madeiras de árvores não nativas e replantáveis, as fogueiras juninas são uma tradição antiga, que ainda sobrevive aos tempos modernos, sendo vistas acesas aos milhares, nos dias de Santo Antônio, São Pedro e São João.

Balões - Embora cada vez mais raros em função das leis que os proíbem, a soltura de balões ainda é muito utilizada, apesar dos riscos de incêndio, o que não são muito raros. Esses artefatos eram usados antigamente para avisar que a festa iria começar.

Fogos de artifícios - Segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Apesar dos milhares de acidentes provocados, de queimaduras às amputações de membros e até a morte, esta é uma das mais fortes tradições das festas juninas. Os principais fogos de artifícios são: traques, chilene, cordão, cabeção-de-negro, cartucho, treme-terra, rojão, buscapé, cobrinha, espadas-de-fogo e as famigeradas bombas.

Quadrilhas – Tem seu nome originado de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", muito em moda entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. Nas festas juninas, são apresentadas nas escolas, arraias e até de forma organizada e profissional nos salões de bailes.

Casamento caipira – É uma sátira bem humorada aos casamentos tradicionais. Geralmente tem uma noiva grávida, com um pai valente que a obriga o rapaz a casar, para “pagar o mal feito”. O noivo por sua vez, aparece “bêbado”, tentando fugir do compromisso no altar por várias vezes, sendo capturado pelo pai da noiva que lhe aponta uma espingarda. Também fazem parte da trama o delegado e o padre, que dão todo apoio para a realização do casamento. Em seguida os recém-casados puxam a quadrilha.

Festeiros – São grupos de pessoas, geralmente nas pequenas localidades do interior, que ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Visitam as casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas, que são degustadas pelos mesmos gratuitamente.

Quermesses - Costume da região Sudeste. São realizadas geralmente por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Armam-se barraquinhas com comidas e bebidas típicas, além de jogos para divertimento do publico.

Comidas e bebidas típicas - Toda festa junina que se preza não deve esquecer-se de ter os pratos e bebidas tradicionais da cultura nordestina, como arroz doce, bolo de milho verde, baba de moça, biscoito de polvilho, pipoca, curau, pamonha, canjica, milho cozido, suco de milho verde, biscoito de polvilho, batata doce assada, bolo de fubá, bom-bocado, broa de fubá, cocada, cajuzinho, doce de abóbora, doce de batata-doce, maria-mole, pastel junino, pé de moleque, pinhão, cuscuz, quebra-queixo, quindim, rosquinhas de São João e suspiros e muito quentão (bebida feita com gengibre, pinga e canela), vinho quente e a tradicional cachaça.

Pau de sebo – Brincadeira cujo objetivo é o competidor ganhar uma quantia em dinheiro ou uma prenda, que está afixada em seu topo. A diversão fica mais animada com as pessoas subindo no mastro, sempre escorregadio e lambuzado de gordura. Geralmente o prêmio, após ser conquistado, é usado pelo vencedor para pagar suas despesas na festa.

Simpatias- Os santos juninos são conhecidos como santos casamenteiros, mas é Santo Antônio o mais influente deles. Nas simpatias, a imagem do santo é castigada, até que a pessoa consiga encontrar um amor.

Músicas juninas – Apesar da divulgação e comercialização de músicas gravadas por bandas e cantores populares, tidas como juninas, as músicas tradicionais e folclóricas ainda são cantadas no decorrer dos festejos. As mais conhecidas são:

Músicas de Festa Junina

CAPELINHA DE MELÃO
Capelinha de melão
É de São João.
É de cravo, é de rosa, é de manjericão.

São João está dormindo,
Não me ouve não.
Acordai, acordai, acordai, João.

Atirei rosas pelo caminho.
A ventania veio e levou.
Tu me fizeste com seus espinhos uma coroa de flor.

PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
Com a filha de João
Antônio ia se casar,
Mas Pedro fugiu com a noiva
Na hora de ir pro altar.

A fogueira está queimando,
O balão está subindo,
Antônio estava chorando
E Pedro estava fugindo.

E no fim dessa história,
Ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio,
Que caiu na bebedeira.

BALÃOZINHO

Venha cá, meu balãozinho.
Diga aonde você vai.
Vou subindo, vou pra longe,
vou pra casa dos meus pais.

Ah, ah, ah, mas que bobagem.
Nunca vi balão ter pai.
Fique quieto neste canto,
e daí você não sai.

Toda mata pega fogo.
Passarinhos vão morrer.
Se cair em nossas matas,
o que pode acontecer.

Já estou arrependido.
Quanto mal faz um balão.
Ficarei bem quietinho,
amarrado num cordão.

SONHO DE PAPEL

O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João!
Acende a fogueira no meu coração.

Sonho de papel a girar na escuridão
Soltei em seu louvor no sonho multicor.
Oh! Meu São João.

Meu balão azul foi subindo devagar
O vento que soprou meu sonho carregou.
Nem vai mais voltar.

PULA A FOGUEIRA

Pula a fogueira Iaiá,
Pula a fogueira Ioiô.
Cuidado para não se queimar.
Olha que a fogueira já queimou o meu amor.

Nesta noite de festança
Todos caem na dança
Alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troca na cidade e na roça
Em louvor a São João.

Nesta noite de folguedo
Todos brincam sem medo
A soltar seu pistolão.
Morena flor do sertão, quero saber se tu és
Dona do meu coração.

CAI, CAI, BALÃO
Cai, cai, balão.
Cai, cai, balão.
Aqui na minha mão.
Não vou lá, não vou lá, não vou lá.
Tenho medo de apanhar.



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